Impressões sobre o livro Memórias e Reflexões de um filho dos Cangaceiros Corisco e Dadá

Por Claudio Soares Campos

Li o livro “MEMÓRIAS E REFLEXÕES DE UM FILHO DOS CANGACEIROS CORISCO E DADÁ” de uma tirada só. Por vezes, o colocava na mesa de cabeceira, mas acabava pegando-o de volta, para ler mais um capítulo, só mais esse.

Desde muito tempo estive na expectativa desse lançamento, vibrei quando vi a anunciado de sua apresentação para, enfim, matar nossa curiosidade e ganhar o mundo.

Vou fazer um corte e voltar a uns cinco anos atrás, oportunidade em que fiz algumas visitas ao professor Sílvio, em sua residência. Relembrando os tempos em que tive o prazer de tê-lo como professor de matemática, nos anos setenta. Nessas visitas, inevitavelmente o assunto enveredava para o tema que envolvia sua relação com seus pais, notadamente com sua genitora, com quem ele teve um contato duradouro. A cada pergunta, ou provocação, que fazíamos, Sílvio emendava uma narrativa tão rica em detalhes que parecia estarmos vendo um filme passando na nossa mente, que podia durar minutos ou horas.

Ai, quando comecei a ler o livro, me deparei com alguns capítulos em que a narrativa vinha de encontro ao que eu tinha ouvido sobre alguns temas ou situações contidas no livro. Perfeito!

Lendo, era como se eu o estivesse ouvindo na sala de sua casa. Dai em diante, a leitura passou a parecer uma gostosa conversa de um sábado a tarde, quando eu explorava os pontos de minha curiosidade e ficava ouvindo-o destrinchar cada um dos detalhes que sua memória prodigiosa permitia, com a emoção na dose acertada em que reafirmava sua convicção nesse amor recíproco entre pai e filho.

Foi assim durante toda leitura dessa obra espetacular e necessária à compreensão da história, inclusive, com seu lado humano em destaque.

Sílvio sempre dizia que o livro estava quase pronto, faltando apenas o capítulo final. Entretanto, desvendado esse último capítulo, resta-nos a certeza de que sua capacidade e sensibilidade ainda pode nos reservar mais histórias e revelações fantásticas. Vida longa ao filho de Corisco e Dadá, Padre Bulhões e Liquinha, e meu eterno professor de matemática.

Para terminar, lamento profundamente não poder ter ido ao lançamento do livro, o que me fez ficar ansioso pela chegada do mesmo às minhas mãos. Agora, deixe-me ir ali, dar outra olhada nessa obra, que me faz ficar com gosto de quero mais.

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