Descrição
Ao longo de 587 páginas, na obra “EGO, ME IPSO”, o Pe. José Neto de França lança um olhar no passado, senta-se na “poltrona” do presente, abre o “arquivo” de sua memória e, entre tantas “anotações”, “amareladas” pelo tempo.
Vê-se, como em um filme, projetado no ardente desejo de seus pais em ter um filho homem; ainda em formação, no ventre de sua mãe; nascendo em uma casa de reboco, “cheia de buracos onde a lua faz clarão”, como o saudoso Angelino de Oliveira compôs na sua música “Tristeza do Jeca”; falando as primeiras palavras e dando os seus primeiros passos no, então, povoado, hoje município de Carneiros; sua mudança para Santana do Ipanema; suas brincadeiras de infância; sua emoção ao ouvir músicas sacras; seus primeiros amigos; do rio Ipanema, palco de muitas de suas aventuras; sua capacidade de criar seus próprios brinquedos, elaborar suas próprias histórias; quando começou a conhecer seus tios, primos…; sua paixão pelos estudos, leituras, cinema.
Vê-se na época em que foi coroinha da paróquia de São Cristóvão; sua mudança para a capital paulista, quando tinha um pouco mais de dezesseis anos, ocasião da primeira grande mudança de sua vida, quando se auto emancipou, não por direito, mas por uma necessidade; sua vida longe da família; seu trabalho na Padaria Buturussu e no Banco Econômico; suas viagens nas visitas que fazia a sua irmã Auta, que também estava no sudeste/sul do Brasil e suas férias quando aproveitava para visitar seus familiares.
Sua maior crise existencial, quando tomou a decisão de abraçar sua vocação, a qual tinha fugido, voluntariamente por tanto tempo; seu retorno a Alagoas; sua ida ao Seminário Arquidiocesano de Maceió e seu período acadêmico, quando cursou Filosofia e Teologia; suas ordenações Diaconal e Sacerdotal, sua vida sacerdotal passando pela primeira, segunda e atual paróquia; lembra-se da perda de grandes amigos e amigas, particularmente da de seu pai; recorda de suas viagens à Itália. É uma grande saga; a saga de sua vida!
Finalmente, no apêndice, fala de sua paranormalidade, o “espinho na carne” que, segundo ele, carrega desde sua infância.
O autor escreveu o livro em primeira pessoa, com uma linguagem fácil e as vezes saindo do erudito para se aproximar dos leitores de forma coloquial, como em diversas situações ele deixou de lado o uso de próclise, ênclise e mesóclise de forma proposital.
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